terça-feira, 15 de novembro de 2016

MILENA TIBÚRCIO - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Retornando ao nosso espaço para um bate-papo exclusivo, a multifacetada Milena Tibúrcio revela-nos informações sobre a sua carreira, projetos e biografia

Por Bruno Negromonte


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Recentemente a cantora, compositora, educadora musical e instrumentista brasiliense Milena Tibúrcio abrilhantou o nosso espaço com o lançamento do álbum "Canto de mãe", álbum produzido pelo marido violonista Rogério Caetano que marca o seu retorno ao mercado fonográfico após uma pausa de mais de uma década como foi possível atestar a partir da pauta publicada aqui em nosso espaço sob o título de "EM 'CANTO DE MÃE', MILENA TIBÚRCIO REITERA SUA VOCAÇÃO ARTÍSTICA APÓS MAIS DE UMA DÉCADA". Hoje, de modo solícito e gentil, a artista retorna ao nosso espaço para esta informal conversa onde Milena nos conta como se deu o seu envolvimento com a música, como se deu a escolha do repertório do seu mais recente álbum e se, em algum momento, pensou em deixar de lado a carreira artística em definitivo ao longo dos onze anos que passou afastada do universo fonográfico; além, é claro, de falar sobre se as crianças possuem aptidão para a música. Confiram!


Segundo consta em sua biografia, o seu envolvimento com a música se dá desde a sua infância quando você tem contato com o piano. Qual é a lembrança mais remota que você tem com ela? 
Milena Tibúrcio - Na verdade começa antes do piano, começa com o canto mesmo. Lembro muito da época em que meu pai me levava pra creche e a cada dia me ensinava uma música nova. Quando chegávamos lá, ele me colocava em cima do balcão pra eu cantar. Ouvíamos muita música e eu adorava cantar em casa e nas festas de família. Isso foi na primeira infância, com 3,4 anos. O piano eu comecei depois.

E a descoberta do violão? Em que circunstância aconteceu? 

MT - O instrumento que mais me chamava a atenção era o violão. Eu queria tocar violão. Tinha uns amigos do meus pais que tocavam e sempre tinha roda de música. Essa era a minha referência. Mas meu pai achou que era melhor eu começar com o piano, e foi maravilhoso. Quando eu já estava maior que tinha certeza do que eu queria é que fui estudar violão, com uns 12 anos mais ou menos. Aí meu pai falou que eu poderia estudar violão mas que continuaria com o piano. Quando já estava começando a tocar melhor e empolgada com o violão foi que eu larguei o piano.

Você tem algumas incursões pelo teatro assim como também no cinema. Você poderia nos falar um pouquinho dessa experiência? 

MT - Tenho um irmã atriz e diretora teatral, a Caísa Tibúrcio. As trilhas e música que fiz pra teatro foram com ela. Aconteceu naturalmente. Estamos atualmente criando um espetáculo novo infantil chamado MaNATú. As músicas são minhas com letra da Iara Ferreira e a Caísa que vai dirigir. Fiz teatro na adolescência e gosto muito dessa linguagem também. O cinema foi meio por acaso, primeiro fui convidada pela diretora Betse de Paula, que era minha vizinha na época, para compor algumas músicas para a trilha do filme Celeste e Estrela que tinha a trilha assinada pelo Andre Moraes. Depois acabei fazendo a trilha junto com o Rogério Caetano de um curta da Betse também que se chama As andanças do nosso senhor sobre a terra. Isso tudo aconteceu em quando eu ainda morava em Brasília (até 2004). Acabei não investindo mais nessa área, que é uma coisa muito específica.

Foi um hiato de onze anos entre o seu álbum de estreia e este que agora você acaba de lançar. Neste ínterim em algum momento você achou que não era mais viável seguir a carreira musical? 

MT - Acho que não deu nem tempo pra pensar nisso. Foi tanta coisa! Acho que eu tinha consciência que era só um momento mesmo, que eu não ia conseguir ficar longe da música. Quando gravei o Canto de Mãe eu realmente não me cabia em mim. Precisava colocar no mundo essas músicas.


Você como docente na área musical deve saber quais são os fatores relevantes da música na vida não apenas dos alunos, mas das pessoas de modo geral. Para você, como educadora musical, qual a importância da música o que faz a música ser imprescindível? 

MT - Eu poderia citar um monte de educadores e estudos, mas prefiro buscar uma reflexão simples. Você imagina ser possível viver em algum local sem música? Isso vale pra qualquer pessoa, não só para músico. A música é para todos mesmo, ela desperta funções variadas nas vidas das pessoas e por isso precisa ser valorizada e cultuada nos mais variados espaços sociais.

Qual a principal evidência da compositora Milena Tibúrcio hoje, depois da maternidade, e que não é possível perceber em seu primeiro álbum? 


MT - Sem dúvida é um álbum mais maduro, em que eu identifico uma linguagem e unidade. Meu objetivo foi que as composições estivessem a frente da interpretação, dos arranjos. Fiquei muito satisfeita com o resultado.


O disco que conta com dez faixas trás em todas elas a sua assinatura ao lado de um parceiro. Como se dá seu processo de composição? 

MT - Geralmente eu faço a melodia e envio para os parceiros. Depois eles colocam a letra em cima da melodia. Neste disco só a música À Margem não foi assim, eu musiquei o poema do Altino Caixeta de Castro, que foi muito amigo do meu pai.


Quais foram os critérios para a escolha do repertório? 
MT - Tinha muita música pra escolher, afinal foram 11 anos de intervalo. Resolvi escolher as músicas com mais densidade e mais trabalhadas harmonicamente. Músicas em que o violão já estivesse mais elaborado. Quando fui analisar minhas músicas identifiquei essa corrente e uma outra leva que são as músicas com o caráter mais regional, raiz. Essas ficaram pro próximo!

Alguma das meninas já mostra uma propensão natural para a música? 

MT - As duas! A criança é musical, pena que muitas vão crescendo e vão endurecendo em vários aspectos. As meninas adoram cantar. A Rosa (8 anos) canta, compõe, escreve poesia, dança, faz circo, toca flauta e agora vai começar a estudar piano. Ele tem facilidade com tudo. Vamos ver o que ela vai escolher.


O seu primeiro álbum você chegou a apresentá-lo em lugares como o Rio de Janeiro e Brasília. Como está a agenda para este segundo projeto? 


MT - Fiz o lançamento do Canto de Mãe em Paris, foi lindo. Depois fiz no Rio de Janeiro. Durante o ano de 2016 participei de muitos eventos de compositores e compositoras e fiz também vários outros shows em várias casas da cidade. Quero muito ir pra outras cidades, estou buscando essa agenda. Não fiz o lançamento ainda em Brasília, mas pretendo fazer ano que vem. Tem algumas coisas se encaminhando pra eu fazer em São Paulo. Bom, é só me chamar que eu vou.

Maiores Informações: 
Site Oficial - http://www.milenatiburcio.com.br/
Facebook - https://www.facebook.com/MilenaTiburcios/?fref=ts
Spotify - https://play.spotify.com/album/21FJfZtgldIbhZ8LD4IBD5?play=true&utm_source=open.spotify.com&utm_medium=open 
CD Baby - http://www.cdbaby.com/cd/milenatiburcio 
Discole - http://www.discolemusica.com/produto-detalhes.php?produto=261&categoria=7 
Apple Music - https://itunes.apple.com/us/artist/milena-tiburcio/id205153233 

Myspace - https://myspace.com/milenatiburcio 
Contato - producao@milenatiburcio.com.br (+55 21 988811546)

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